quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Cultura dos Laterais




A CULTURA DOS LATERAIS




Quando se fala sobre o posicionamento dos laterais no futebol inglês é consenso que eles se portam muito mais como zagueiros pelos lados do campo do que como jogadores que avançam para o ataque com freqüência e usam toda a faixa lateral de campo, como acontece, por exemplo, aqui no Brasil.

Em terra brasilis, essa tendência vem aumentando com a popularização do 3-5-2 (a segurança dada pela presença de três zagueiros e a opção do lateral jogar como ala, isto é, ser praticamente um atacante pelo lado do campo tem atraído demais os treinadores brasileiros) e os laterais vão se especializando em jogar ainda mais à frente e, dessa vez, sem necessariamente precisar voltar para marcar.

Na Inglaterra, a invasão de brasileiros não parece se restringir à chegada de jogadores. Essa cultura dos laterais se portarem como defensores parece, lentamente, começar a cair por terra. A começar pelo Chelsea de Felipão. Desde que chegou a Londres, o técnico brasileiro vem incentivando Ashley Cole, conhecido por sua aptidão defensiva, a chegar com cada vez mais freqüência na frente e José Bosingwa, uma das novas contratações dos Blues, já tem isso incrustado no seu estilo de jogo, de muita presença ofensiva e velocidade. Essa mudança traz opções ofensivas interessantes e vem sendo muito bem utilizada pelo Chelsea, líder do Campeonato Inglês.

O Arsenal não precisou trazer um técnico sul-americano para perceber que laterais com força ofensiva trazem uma nova dimensão para o jogo. Primeiro com Emmanuel Eboué e atualmente com Bacary Sagna, os Gunners têm tido na lateral-direita, opções de jogadas ofensivas bastante interessantes. Ao invés de subirem somente na melhor chance como a maioria dos laterais da Ilha, Sagna e seu companheiro da lateral-esquerda Gaël Clichy (este com um pouco mais de parcimônia, verdade seja dita) estão sempre indo ao ataque e dando opções ofensivas à equipe. E ainda têm fôlego para recompor a defesa.

Sir Alex Ferguson parece ter percebido as vantagens de se ter um lateral mais ofensivo por acaso. Ao contratar Patrice Evra do Mônaco, o técnico escocês se deu conta de que tinha em mãos um jogador com tremendo potencial ofensivo. Antes dessa temporada, o Man. United não conseguia reproduzir o poderio ofensivo de seu lateral-esquerdo no outro lado do campo. Gary Neville e Wes Brown são essencialmente defensivos (o segundo, inclusive, é zagueiro de origem). Mas a vinda do jovem Rafael da Silva, ex-Fluminense, parece ter encantado Sir Alex Ferguson. O lateral-direito, de características bastante ofensivas, vem sendo aproveitado no time principal e iniciou, ontem, seu primeiro jogo na UEFA Champions League. Ferguson parece disposto a investir no filão de laterais ofensivos que vem dando tantos frutos a Arsenal e Chelsea.

Mas essa tendência não se reduz ao top-four. Apesar de escassos, há exemplos de laterais ofensivos em outras equipes também. Gareth Bale, do Tottenham; Luke Young e Nicky Shorey, do Aston Villa e Leighton Baines, do Everton, por exemplo, atestam isso.

O Liverpool pode muito bem explorar esse filão. É só dar vazão ao potencial ofensivo do lateral brasileiro Fábio Aurélio que, desde que se mudou para os Reds, tem ficado mais contido na defesa e só sai na boa, como a maioria dos laterais defensivos na Liga Inglesa. Para surpreender é preciso ousar, coisa que Benítez não tem feito com seus laterais que, como quase todos na EPL, são apenas defensores que, ocasionalmente, vão ao ataque auxiliar as jogadas ofensivas.

A estrela da Companhia


FRANK LAMPARD - A ESTRELA DA COMPANHIA

Muito se fala sobre Steven Gerrard e como ele é a síntese do jogador moderno: ataca e defende com a mesma qualidade e tem um senso de liderança tremendo. Após a identificação das óbvias qualidades do capitão do Liverpool, como se para atestar que se trata de um jogador de classe mundial, seus admiradores começam a compará-lo com Frank Lampard.

As comparações começam e, em quase todos os itens, Gerrard atropela seu colega de seleção: é mais rápido, chuta melhor, desarma melhor, cobre espaços com mais qualidade, etc...Parece que Lampard é apenas um jogador comum.

Não, não é. Nascido em 1978 em uma família do futebol (seu tio é o atual treinador do Portsmouth, Harry Redknapp, e seu pai já foi assistente do West Ham), Frankie Lampard é especial. Tanto para os torcedores do Chelsea quanto para os torcedores do futebol bonito, bem jogado. O jogador, vice-capitão do time de Londres, é completo como atleta. Posiciona-se com tremenda qualidade, sempre dando opções para seus companheiros; é dono de um potente chute que é certeza de perigo para o gol adversário; sua incisividade ofensiva é invejável, assim como sua capacidade defensiva (tanto nos desarmes como na ocupação de espaços). Sua liderança dentro do elenco do Chelsea é clara.

Pode-se dizer que José Mourinho tem grande participação no jogador em que Lampard se tornou: após a chegada do português, Lampard liderou o Chelsea em dois títulos inglês, duas Copas da Liga e uma FA Cup. Além de ter sido eleito o segundo melhor jogador do mundo (feito que Gerrard nunca conseguiu). Após a saída de Mourinho, ‘’Lampsy’’, como é carinhosamente conhecido pelos ingleses, balançou. Ficou por muito tempo dividido entre a possibilidade de fortificar seu legado no Chelsea e se reunir com o treinador que mais lhe marcou. A lealdade com os Blues falou mais alto e o meia renovou por cinco anos com o Chelsea.

Há tempos, no entanto, Lampard não vinha bem. Bastou uma temporada jogando um futebol abaixo da média (2006-07, que mesmo assim incluíram 20 gols na temporada e várias assistências no processo) para que seus críticos o atacassem e as comparações com Gerrard viessem à tona. Nada que abalasse Frankie: ele sabe de seu potencial e sabe do que pode oferecer aos fãs do Chelsea. Após um começo ruim na última temporada (apimentada pelo rompimento dos Blues com José Mourinho), o meia liderou uma das maiores temporadas do clube inglês, que terminou de forma trágica (com a dramática derrota na Liga dos Campeões diante do Man. United) e sem títulos (o Chelsea conseguiu incríveis quatro vices – Supercopa da Inglaterra, Copa da Liga, Campeonato Inglês e Liga dos Campeões).

O momento mais marcante da campanha veio na semifinal, contra o Liverpool. Abalado por traumas de eliminações seguidas nas mãos dos rivais, o Chelsea jogava sua vida no confronto. Com muita valentia e sorte, os Blues empataram o primeiro jogo, em Liverpool. Tudo parecia bem encaminhado no confronto de volta quando Fernando Torres empatou o jogo e levou a partida para a prorrogação. Frank Lampard, que havia perdido a mãe apenas uma semana antes, converteu o pênalti que praticamente selou a classificação do Chelsea para a sua primeira final européia. Ele comemorou chorando muito e apontando para o assento vazio do estádio ao lado de seu pai, homenagem clara a sua mãe que batia ponto em todos os seus jogos.

O legado de Lampard com o Chelsea não se estende na Seleção Inglesa. Apesar de ter mais de 60 jogos pelo English Team, Lampard é constantemente contestado pelos torcedores ingleses. É consenso que o seu estilo de jogo é incompatível com o de Steven Gerrard. Gareth Barry, volante mais contido cujo estilo casa melhor com o do jogador do Liverpool vem sendo preferido no lugar de Lampard, que perde cada vez mais espaço no time inglês. A julgar pelo brilhante início de temporada de ‘’Lampsy’’ (5 gols em 7 jogos), no entanto, Capello poderá se ver obrigado a rever suas preferências e os problemas de incompatibilidade entre Lampard e Gerrard, as duas estrelas da companhia inglesa.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Nasce uma estrela


NASCE UMA ESTRELA

A lendária atuação do jovem Theo Walcott no jogo de ontem não deixa dúvidas: o garoto será craque.

Quando foi jogado para as luzes do estrelato com uma surpreendente convocação para a Copa do Mundo de 2006, Theo James Walcott possivelmente nem sabia o que significa para um inglês representar sua seleção. O English Team é mais que uma equipe; é uma entidade, um patrimônio nacional. Os ingleses são fanáticos. Seguem sua seleção pelos quatro cantos do mundo. Ontem não foi diferente.

Apoiado por milhares de fanáticos, Walcott teve uma das melhores atuações individuais de um jogador com a Inglaterra. Muitos compararam o jogo de ontem ao 5-1 contra a Alemanha, em 2001, quando Michael Owen também marcou três gols, completando um hat-trick.

A atuação de ontem é algo surpreendente. Desde sua chegada ao Arsenal e sua convocação para a Copa do Mundo de 2006, sua carreira estacionou por um bom tempo. Walcott demorou a evoluir, sempre à sombra de outros grandes jogadores no Arsenal. Mas desde que Wenger lhe deu a camisa 14, de um dos maiores jogadores da história do Arsenal (Thierry Henry), o jovem inglês parece ter recomeçado sua carreira. Desde a pré-temporada, vem muito bem, jogando à vontade pelos flancos dos Gunners. Apesar de torcedor declarado do Liverpool, Walcott esnobou Chelsea, Tottenham, Man Utd e, alegadamente, Real Madrid, Juventus, Milan e Barcelona para seguir seu sonho de jogar com Henry no Arsenal. O sonho durou apenas por alguns treinos, já que o garoto, à época com 15 anos, não figurou nenhuma vez em 2005-06 pela equipe principal dos Gunners.

Mesmo assim, Sven-Göran Eriksson surpreendeu toda a Ilha ao chamar Walcott para a Copa do Mundo. Nos amistosos preparatórios, Walcott jogou sua primeira partida pela Inglaterra, aos 16 anos. Mas não ganhou nenhum minuto durante a campanha inglesa na Alemanha.

Em 2006-07 e 2007-08, Theo estacionou sua carreira. Entrava esporadicamente e não era mais o jogador insinuante dos tempos de Southampton. Somente no fim de 2007-08 que ele deu sinais de vida novamente, tendo sido o principal jogador do Arsenal no confronto de quartas-de-final contra o Liverpool. Os gunners foram eliminados, em Anfield, mas Walcott fez uma jogada mágica, dando um passe magistral para um golaço de Adebayor.

E ele seguiu sua ótima forma para a atual temporada e parece ter ganho a confiança de Fabio Capello, já que ele iniciou os dois jogos da atual campanha inglesa nas Eliminatórias para a Copa de 2010. Contra Andorra, Walcott foi apenas discreto. Já no confronto com a temida Croácia, o jovem gunner entrou para a história, ao ajudar a Inglaterra a exorcizar os fantasmas croatas e a derrotar a equipe de Slaven Bilic pela primeira vez em casa.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Essien fora por 6 meses: E agora?




O ganês Michael Essien, volante do Chelsea, ficará de fora dos gramados por até 6 meses, tendo se lesionado nas Eliminatórias para a Copa Africana de Nações. Essien é o coração do meio-campo do Chelsea. A partir de agora, discutiremos o tamanho da perda dos Blues e as alternativas para o time de Felipão.

Por quê Essien é importante?

Por ser um jogador que tem na marcação sua principal virtude, Essien é sempre escalado como volante. Mas seu ímpeto ofensivo o qualifica para ser escalado até como meia e/ou lateral-direito. E justamente essa ofensividade que é um dos maiores trunfos do Chelsea com o ganês em campo. Jogando de segundo volante, ele compõe como defensor quando o time está sem a bola e aparece como ótima opção ofensiva quando a equipe está com a posse. Felipão começou a temporada escalando Mikey de primeiro volante, o que é um desperdício de suas qualidades ofensivas. Mas o técnico brasileiro já tinha percebido isso. Contra o Tottenham, Essien jogou de segundo volante e, mais uma vez, foi parte importante do ótimo primeiro tempo do Chelsea.

Como Felipão deve escalar o meio-campo sem ele?

As opções são escassas. No mercado de verão, o Chelsea liberou gente até demais. Algumas vendas foram pontuais (como a saída de Ben Haim, Sidwell e o empréstimo de Pizarro). Mas liberar SWP para o Man City foi, na opinião desse blogueiro, um erro de julgamento. Isso porque, sem o ponteiro inglês, as opções para a volta do 4-3-3 ficam limitadas a Malouda, Kalou e Joe Cole (que vem se destacando de segundo atacante). No entanto, o antigo esquema parece ser o caminho natural sem Essien. O jovem John Obi Mikel será importantíssimo: ele terá que segurar as pontas na posição de volante. Deco e Lampard deverão ser os outros vértices do triângulo. Como já é tradição no Chelsea, os wingers voltarão para compor o meio-campo, fazendo um 4-5-1 sem a bola. A volta de Didier Drogba também é fundamental: Anelka não parece estar à altura do desafio de ser o principal atacante do Chelsea. No 4-3-3 a equipe fardaria dessa forma: Cech; Bosingwa, Terry, Carvalho e Ashley Cole; Mikel, Deco e Lampard; Malouda (Kalou), Anelka (Drogba) e Joe Cole.

Outra situação pode surgir se Michael Ballack conseguir reproduzir a forma da última temporada: a manutenção do 4-4-2, com 3 meias. A equipe iniciou a temporada assim e o resultado foi o melhor possível: goleada desmoralizante de 4-0 no Portsmouth. Mas contra o Wigan, o esquema falhou e a vitória veio à duras penas, graças à Deco. Dessa forma o time ficaria assim: Cech; Bosingwa, Terry, Carvalho e Ashley Cole; Mikel, Deco, Lampard e Ballack; Joe Cole e Anelka (Drogba).

Sem Essien, quem será o trunfo do Chelsea?

Uma resposta natural mas, ao mesmo tempo, surpreendente: Joe Cole. Com o belo início de temporada, Joey Cole conseguiu, mais uma vez, se reinventar e agradar a mais um grande técnico. Ameaçado quando Mourinho chegou em Stamford Bridge, o ex-capitão do West Ham aprendeu a ser winger e garantiu sua vaga com o português. Agora com Felipão, Coley aprendeu a fardar de segundo atacante e tem ido brilhantemente bem. As boas atuações com o English Team também devem deixar a confiança do atacante lá em cima, e sua polivalência pode ser o novo trunfo do Chelsea na temporada.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Robinho finalmente é vendido, mas para o Man City



Robinho finalmente é vendido, mas para o Man City
Robinho foi dormir pensando no Chelsea e acordou no Man. City



Depois de muitas especulações entre Chelsea e Robinho, quem levou o brasileiro foi o Man. City, que acabou de ser comprado pelo Abu Dhabi United, um grupo de investidores árabes.


Colocando todas as besteiras que Robinho fez nessas últimas semanas de lado, o Manchester City oferece um ambiente propício para o recomeço da carreira do brasileiro. É um time em ascensão e não só por conta do grupo árabe que o adquiriu ontem. Esse projeto de levar os Sky Blues ao topo do futebol europeu vem do tailandês Thaksin Shinawatra, ex-dono do clube e atual presidente de honra. E por isso, o time do City é recheado de ótimas peças, que, contando com reforços pontuais, pode levar a equipe a uma UCL nos próximos anos.


A equipe tem jovens valores vindos da base (Richards, Johnson, Onuoha, Ireland, Sturridge), jovens jogadores que vem sendo contratatados (Zabaleta, Jô, Kompany) e excelentes peças experientes (Hamman, Dunne, Petrov). Além de Shaun Wright-Phillips, Elano e agora Robinho. Atualmente, no entanto, o City deve se contentar em fazer uma boa campanha na Copa da UEFA e na EPL. E tentar algo a mais nas Copas nacionais. Jogando a sério, surge um dos favoritos a levar a Carling Cup, torneio que serve para a maioria das equipes testarem jovens jogadores.

Esse panorama pode mudar, claro, no mercado de janeiro. Se em um dia para contratar jogadores, os novos donos trouxeram Robinho, quebrando o recorde de transferências britânico (o Real Madrid recebeu cerca de £32,5m pelo brasileiro), imaginem o que poderão fazer com um mês para transferências.


Últimas notícias:


Kevin Keegan e Alan Curbshley se demitiram desgostosos com a política de contratações de, respectivamente, Newcastle United e West Ham.

domingo, 17 de agosto de 2008

English Team Convocado


English Team Convocado
Capello decide nessa semana o capitão para as Eliminatórias


O técnico italiano Fabio Capello convocou a seleção inglesa para o amistoso contra a República Tcheca. Há lugares para Emile Heskey e Theo Walcott mas Peter Crouch foi esnobado. Capello também definirá nessa semana quem será o capitão do English Team para as Eliminatórias da Copa de 2010. Alegadamente, há quatro nomes na corrida: John Terry do Chelsea, Rio Ferdinand do Man Utd, David Beckham do L.A. Galaxy e Steven Gerrard do Liverpool. Rumores dizem que Ferdinand é o favorito.


A lista:


Goleiros: David James (Portsmouth), Paul Robinson (Blackburn), Joe Hart (Man City)


Defensores: Wayne Bridge (Chelsea), Wes Brown (Man Utd), Ashley Cole (Chelsea), Rio Ferdinand (Man Utd), Glen Johnson (Portsmouth), John Terry (Chelsea), Matthew Upson (West Ham), Jonathan Woodgate (Tottenham)


Meias: Steven Gerrard (Liverpool), Gareth Barry (Aston Villa), Michael Carrick (Man Utd), Joe Cole (Chelsea), David Bentley (Tottenham), Frank Lampard (Chelsea), David Beckham (L.A. Galaxy), Stewart Downing (Middlesbrough)


Atacantes: Wayne Rooney (Man Utd), Jermain Defoe (Portsmouth), Theo Walcott (Arsenal), Emile Heskey (Wigan)

sábado, 16 de agosto de 2008

Inglaterra Sub-19: Impressões...


A Inglaterra participou no mês passado do Europeu sub-19 e decepcionou seus fãs sendo eliminada na fase de grupos.

Após terem passado pelas Eliminatórias do Europeu com a segunda melhor campanha a expectativa em cima dos comandados de Brian Eastick para uma ótima campaha era a melhor possível. Os nomes de Jack Cork (jogador do ano no Scunthorpe), Scott Sinclair (integrante do elenco principal do Chelsea), Tope Obadeyi (artilheiro das Eliminatórias), Dan Sturridge (que tem algumas aparições pelo time principal do Man City), Ben Mee (capitão do Man City Youth campeão da FA Youth Cup) e Victor Moses (destaque do mundial sub-17 do ano passado) e a campanha nas eliminatórias animavam os torcedores do English Team.

No entanto, atuações erráticas contra a República Tcheca (derrota por 0-2) e Itália (empate por 0-0) deixaram a Inglaterra em maus lençóis. Mesmo vencendo a Grécia por 3-0, os ingleses se despediram do torneio na primeira fase. No entanto, as boas impressões deixadas por alguns jogadores e a vaga no Mundial sub-20 do ano que vem amenizaram a frustração. A seguir, um resumo da participação dos destaques Jack Cork, Ben Mee e Dan Sturridge no torneio:

Jack Cork:

Após ter feito uma grande temporada pelo Scunthorpe (onde, apesar de eleito Jogador do Ano, não evitou a queda para a League One), Cork foi nomeado capitão do English Team para o Europeu sub-19 e, jogando na lateral direita, se destacou. Subindo com surpreendente qualidade (Cork, que pertence ao Chelsea, é originalmente zagueiro), e defendendo com a habitual segurança o jovem zagueiro mostrou porque é tratado como uma jóia pelos Blues de Londres.

Ben Mee:

Após uma ótima temporada com o Man City Youth, onde liderou sua equipe ao título da FA Youth Cup, Mee, capitão dos Young Citizens, mostrou diversas qualidades: entre elas a segurança, inerente a um zagueiro de qualidade, e um apurado senso de oportunidade. Principalmente contra a Grécia, quando aproveitou cruzamento de Victor Moses e marcou o primeiro gol da Inglaterra no torneio, já no terceiro jogo da fase de grupos. Apesar de não ter participado do primeiro jogo, o jovem zagueiro ganhou a titularidade para o resto do torneio e deve figurar em breve no time principal do Man City.

Daniel Sturridge:

Atacante astuto, rápido e incisivo, Sturridge tem impressionado nos últimos tempos. Com algumas aparições pelo time principal do Manchester City, já é cobiçado pelo gigante Chelsea, que estaria disposto a pagar 8 milhões de Libras para contar com seus serviços. Mesmo não mostrando todo seu potencial, o jovem atacante ainda assim foi um dos destaques ingleses no torneio marcando um belo gol contra a Grécia.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

‘’Ronaldo fica’’, diz Ferguson


‘’Ronaldo fica’’, diz Ferguson


O Inglesada ainda atualiza as transferências consumadas até agora no mercado de verão

A luta do Real Madrid para ter Cristiano Ronaldo, o melhor jogador do mundo na opinião do Inglesada, parece ter falhado. Sir Alex Ferguson, Manager de Ronaldo no Manchester United, disse ontem que o meia português ficará nos Red Devils para a temporada que se aproxima:

‘’Ele jogará aqui na próxima temporada, acredite em mim.’’ Disse o escocês.

Se somarmos essas declarações à compra de Rafael van der Vaart pelos merengues, pode-se auferir que Cristiano Ronaldo permanecerá mesmo na Premier League e tentará levar o Man Utd ao tricampeonato. No entanto, ele parece destinado a perder as primeiras rodadas da Liga por um problema no tornozelo, que ele operou logo após o fim da participação de Portugal na Euro 2008.

Ronaldo nunca escondeu seu sonho de jogar pelo Real Madrid. Diz-se que essa vontade vem desde pequeno. Criado na Ilha de Madeira, perto da Espanha, o meia português via jogos de Madrid e Barcelona com a mesma freqüência que via os grandes clubes portugueses em ação. Ele ainda ensaiou uma resistência à recusa do Man Utd em vendê-lo, mas agora o seu silêncio é ensurdecedor com relação a isso. Cristiano Ronaldo permanecerá como jogador do campeão europeu.

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Atualização 07/08/08: Ronaldo declarou hoje a um jornal português que será jogador do Man Utd na próxima temporada acabando com as insistentes especulações de que iria se transferir nesse verão para o Real Madrid.
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A BBC mantém uma página especial para as transferências consumadas até agora. Ás páginas são divididas pelo mês em que se concretizou a transferência:

Agosto de 2008:

http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/gossip_and_transfers/7536650.stm

Julho de 2008:

http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/gossip_and_transfers/7482819.stm

Junho de 2008:

http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/gossip_and_transfers/7431302.stm

Maio de 2008:

http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/football/gossip_and_transfers/7385883.stm

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Rumores do dia 06/08/08:

Robinho quer desesperadamente se juntar ao Chelsea

Aston Villa procura por Paulo Ferreira, Justin Hoyte ou Luke Young para ser o lateral-direito da equipe

Diego Forlán e Dean Ashton são alvos do Tottenham

Louis Saha tem a opção de se juntar ao Sunderland ou ao West Ham

Bolton quer trocar Meite por Robinson do West Brom

Everton quer Alan Smith e João Moutinho

Andy Johnson próximo de se juntar ao Fulham por um preço ''módico'' de £8m

Roma quer Yossi Benayoun

Danny Shittu próximo do Bolton

Danny Haynes próximo do Wigan

Benni McCarthy é pretendido pelo Galatasaray


Fonte: BBC


segunda-feira, 14 de julho de 2008

Volta

Após um período de hiato tenebroso, o Inglesada volta com tudo! Desde a última postagem , o Manchester United venceu o Chelsea nos pênaltis, se sagrando campeão europeu, e conquistando o Double. Um especial sobre o título dos Red Devils éstá no forno. Luiz Felipe Scolari virou Manager dos Blues e muito mais rolou na terra da Rainha. Em breve, atualizaremos tudo que acoteceu de melhor (e pior) nesse tempo. Em pauta:

- A participação da Seleção Inglesa sub-19 no Europeu da categoria;

- Luiz Felipe Scolari no Chelsea: Primeiras impressões;

- A saga Ronaldo-Madrid-United.

Além de atualização constante dos principais rumores de transferências e de transferências confirmadas.

Mais para frente, publicaremos todas as transferências confirmadas entre clubes ingleses.

terça-feira, 15 de abril de 2008

O Centurião


O CENTURIÃO

Com algum atraso, o Inglesada faz uma retrospectiva dos 100 jogos de David Beckham pelo English Team e apresenta os outros Centuriões


Ao jogar contra a França, no amistoso do dia 26 de março, David Beckham se tornou apenas o quinto jogador inglês a ter 100 participações em jogos pela seleção. Ele se junta a Billy Wright, Sir Bobby Charlton, Bobby Moore e Peter Shilton, lendas inglesas que também alcançaram a expressiva marca. São os Centuriões.

Quando realizou seu maior sonho (jogar profissionalmente pelo Manchester United), David Robert Joseph Beckham não imaginava que, junto com a fama, viria uma página da história do futebol inglês dedicada a ele. O jovem Becks fazia parte de uma geração que fez história no Manchester United. Ele, Ryan Giggs, Paul Scholes, Gary e Phil Neville e Nicky Butt foram os jovens que, contando com o apoio incondicional de Sir Alex Ferguson, conquistaram para o United seis Premier Leagues, 2 FA Cups e 1 Champions League, no épico jogo diante do Bayern.

Antes disso, Beckham fez sua estréia no English Team (1996) e passou pelo seu pior momento na carreira: a expulsão diante da Argentina na Copa do Mundo de 1998. Após a consagração com o Manchester United veio o reconhecimento com a Seleção: em 2000, ele foi nomeado capitão da Inglatera e em 2001 se consagrou de vez ao classificar sua seleção na Copa de 2002 marcando um lendário gol de falta no fim do jogo contra a Grécia. Becks seguiu como capitão nas copas de 2002 e 2006 e Euro 2004. Ao fim da copa de 2006, aos 31 anos, Beckham cedeu o cargo de capitão mas não se aposentou da seleção. Desde então foi chamado poucas vezes e nessa última oportunidade alcançou – merecidamente – a lendária marca.

Os outros Centuriões:

- Billy Wright (1946-59):

.Lealdade. Essa é a palavra que pode definir Billy Wright. Tendo jogado toda sua carreira nos Wolves, Wright foi capitão da Inglaterra nas Copas de 1950, 54 e 58 tendo sido alçado a esse posto em 1948. Ele fez 105 jogos pela seleção, marcou 3 vezes e faleceu em 1994, com 70 anos de idade.

- Sir Bobby Charlton (1958-70):

.Um dos maiores jogadores ingleses da história, Charlton formou- se no Manchester United e sobreviveu ao desastre de Munique, em 1958. Após a tragédia, ele foi chamado pela Seleção Inglesa e acabou jogando 106 partidas e marcando 49 gols. Foi parte integral do time que ganhou a Copa de 1966.

- Bobby Moore (1962-73):


.O maior capitão da história do English Team, Bobby Moore foi revelado pela Academia do West Ham e fez sua estréia na seleção em 1962, contra o Peru. Virou capitão em 1964 e participou da maior conquista de sua Seleção. Ele teve 108 partidas e 2 gols marcados pelo selecionado. Faleceu em 1993, com 51 anos.

- Peter Shilton (1970-90)

.Shilton é o recordista de partidas pelo English Team: 125 no total. Em uma história que começou em 1970 e se estendeu até 1990 quando o goleiro tinha 41 anos, Shilton teve altos e baixos com o selecionado inglês. Sua disputa com Ray Clemence e a sua participação na ótima campanha na Copa de 1990 contrastam com sua falha no jogo decisivo das Eliminatórias para a Copa de 1974.

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Ontem, o Chelsea empatou com o Wigan pela 34a Rodada da EPL e se distanciou do Manchester United, que venceu no domingo o Arsenal. A diferença dos Blues para os Red Devils é agora de 5 pontos.

sábado, 12 de abril de 2008

A Revolução de Redknapp


A REVOLUÇÃO DE REDKNAPP
Como Harry Redknapp levou o Portsmouth da segunda divisão à Europa e à final da FA Cup


Tendo sido objeto de várias compras e vendas ao longo do último século, o Portsmouth FC, clube do sudeste da Inglaterra, vive um raro momento de glória. A equipe, atualmente possuída por Alexandre Gaydamak (francês, descendente de russos e com passaporte israelense), está na final da FA Cup e em sexto na Premier League (posição que garante ao time uma vaga na próxima Copa da UEFA).

Muito desse momento deve-se ao trabalho de Harry Redknapp, treinador inglês que começou no futebol como mais um produto da tradicionalíssima Academia de Futebol do West Ham. Harry é pai de Jamie Redknapp (ex-jogador do Liverpool) e tio de Frank Lampard (ídolo do Chelsea) e iniciou sua carreira no Pompey como diretor de futebol, em 2001. No início de 2002 ele virou técnico da equipe pela primeira vez.

Durante seu primeiro período como Manager, Redknapp conseguiu levar o Portsmouth à Premier League, após 16 anos fora da elite. Contudo, problemas de relacionamento com o então presidente Milan Mandaric fizeram com que Harry pedisse demissão. Mais problemas para o veterano técnico surgiram quando ele aceitou a proposta para se tornar Manager do Southampton, rival do Pompey. Redknapp não foi bem nos Saints: a equipe foi rebaixada e o treinador não conseguiu formar um time capaz de subir novamente. Após mais desentendimentos, desta vez com a hierarquia do Southampton, Redknapp voltou para um Portsmouth diferente.

A equipe vinha muito mal na EPL 2005/06 e se aproximava perigosamente da zona de rebaixamento. Redknapp, impulsionado pelas libras de Gaydamak (que havia acabado de comprar o clube), refez o elenco e manteve o Portsmouth na elite inglesa. Em 2006/07, Harry seguiu fazendo boas contratações. David James, Sol Campbell, Sulley Muntari e Nwankwo Kanu atestam isso.

Mais do que a rotina de ótimas contratações, que em 2007/08 continuou (com a aquisição de Jermain Defoe, Glen Johnson, Lassana Diarra), o maior mérito de Redknapp foi formar uma equipe competitiva, que ajudou a erguer o perfil do clube no cenário inglês, e tornar o Pompey um candidato usual às competições européias. Status que pode ser conquistado independentemente da posição final do Portsmouth na EPL, já que o vencedor da FA Cup, título que a equipe não vence há 69 anos, conquista uma vaga para a Copa da UEFA. E Harry Redknapp quer triunfar em Wembley, não somente para levar o Pompey à Europa, mas para conquistar, também, seu primeiro título na carreira.
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Na UEFA Champions League, semifinal inglesa: Liverpool e Chelsea irão se defrontar pela terceira vez em quatro anos, na principal comeptição européia. Dia 22, em Anfield e dia 30 em Stamford Bridge. Na outra semifinal, Barcelona e Manchester United tentarão uma vaga na final. Dia 23 de abril, no Camp Nou e dia 29 no Old Trafford.
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Edição: A princípio, o Portsmouth já tem vaga garantida na próxima Copa da UEFA, haja visto que o seu adversário na final da FA Cup é galês e não poderia representar a Inglaterra. No entanto, há alguns burburinhos na UEFA de que, caso o Cardiff conquiste a Copa da Inglaterra, ele poderá jogar a Copa da UEFA. O palpite do blog é de que não passarão de burburinhos já que Pompey deve conquistar facilmente (e merecidamente) a FA Cup.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Brazucas na Inglaterra


BRAZUCAS NA INGLATERRA
As aventuras dos brasileiros na terra da Rainha

Quando inaugurei esse espaço virtual, citei brevemente o crescimento do futebol inglês no mundo e, também, no Brasil. Quis que esse diário seguisse o crescimento do interesse do brasileiro pelo esporte na Inglaterra e o crescimento do número de brasileiros que ‘’se aventuram pelo Reino Unido’’. Se fizesse esse pedido há alguns anos atrás, estaria torcendo para que esse blog fosse pouco freqüentado. Isso porque nem sempre a Inglaterra foi um destino atrativo para as estrelas do futebol brasileiro. Hoje em dia, isso vem mudando.

A Inglaterra, em se tratando de futebol, sempre teve um complexo de superioridade. Complexo esse que só agora vai se revertendo, apoiado nos seguidos fracassos do English Team. Antigamente a soberba inglesa era tão grande que a Football Association (equivalente inglês da CBF) declinou seguidos convites da FIFA para que a Inglaterra participasse da Copa do Mundo. Essa crença de que o futebol praticado pelos ingleses era o melhor do mundo foi caindo aos poucos.

Como acontecimentos-símbolo do fim desse mito, pode-se citar a derrota para os Estados Unidos na copa de 1950 (um dos maiores upsets da história do futebol), a primeira derrota inglesa em Wembley para uma equipe não-britânica (um acachapante 3-6 contra a lendária seleção húngara, em 1953), a inabilidade da seleção em se classificar para as copas de 1974 e 78 e, mais recentemente, a falha na busca por uma vaga na Euro 2008. É verdade que no meio disso tudo a Inglaterra foi campeã do mundo, mas a própria incapacidade do futebol inglês de capitalizar sobre esse sucesso é um indicador de que, de fato, o melhor futebol do mundo não é jogado pelos ingleses.

Note bem que eu faço questão de falar no futebol ‘jogado pelos ingleses’. E não, ‘’jogado na Inglaterra’’. Hoje em dia, é seguro dizer que o melhor futebol do mundo é jogado na Inglaterra. A Premier League e o sucesso dos clubes ingleses na UEFA Champions League atestam isso. Mas esse sucesso se deve muito mais pelos estrangeiros do que pelos ingleses. E, lentamente, o papel dos brasileiros nesse sucesso vai aumentando. No entanto, nem sempre foi assim.

O primeiro brasileiro a pisar em território inglês para jogar futebol profissional foi Mirandinha. Contratado pelo Newcastle United, o brasileiro não teve boa passagem, tendo sido prejudicado por constantes lesões e pelo estilo de vida inglês, totalmente diferente do que ele estava acostumado. A experiência com Mirandinha, tachado de preguiçoso e egoísta inibiu os Managers ingleses de investirem no talento brasileiro.

Essa resistência durou até 1995 quando Juninho chegou com status de ídolo ao Middlesbrough, um clube modesto que, à época, nunca havia conquistado nenhum título. As passagens do pequeno meia por Teeside renderam bons frutos à equipe: o ex-jogador do São Paulo se tornou um dos maiores ídolos da história do clube e ajudou o Boro a conquistar seu único título: a Copa da Liga de 2004. Nesse meio tempo, Juninho jogou pelo Atlético de Madrid, pelo Vasco e pelo Flamengo e a Inglaterra recebeu mais alguns jogadores brasileiros, que, em sua maioria, passaram sem destaque. As exceções vieram dos Gunners: Sylvinho, Edu e Gilberto Silva tiveram bastante sucesso com o clube londrino e ajudaram a reabrir as portas do futebol inglês para os brasileiros.

Atualmente, há 22 brasileiros no Sistema Inglês de Futebol, 18 desses jogando na Premier League. Alguns rostos conhecidos do grande público brasileiro são Gilberto (lateral/meia do Tottenham e da seleção brasileira), Gilberto Silva (volante do Arsenal e da seleção brasileira), Elano (meia do Manchester City e da seleção brasileira) e Belletti (lateral do Chelsea e campeão do mundo com o Brasil em 2002). Outros nem tão conhecidos: Rafael Schmitz (emprestado pelo Lille ao Birmingham) e Alcides (lateral/zagueiro do Chelsea, emprestado ao PSV). Não é exagero dizer que desses 18 jogadores, a maioria está entre futuras estrelas (Lucas Leiva, Anderson, Denílson) e jogadores experientes (como os supracitados Gilberto Silva e Belletti). Ainda que tímido esse número de brasileiros tem bastante qualidade e não é exagero dizer que esse contingente contribui com o aumento da qualidade da Liga Inglesa.

Os obstáculos para assinar com estrangeiros (para obter o visto de trabalho no Reino Unido é necessário que o jogador estrangeiro tenha participado de 75% dos jogos competitivos de sua seleção nos últimos dois anos. Há também a possibilidade de se obter esse visto nos termos de ‘’excepcional talento jovem’’, dispositivo bastante usado entre os jovens brasileiros) e as dificuldades que os jogadores estrangeiros (mais notadamente sul-americanos) têm de se adaptar ao estilo de vida britânico são fatores que ainda inibem a ida de mais brasileiros para a Liga Inglesa. Mas os acertos - que se multiplicam a cada janela de transferência - também derrubam o mito de que, necessariamente, um jogador sul-americano não se adaptará ao frio, à cultura distinta e ao estilo de jogo.
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Download: Lista de brasileiros atuando no sistema inglês de futebol (EPL, Championship, League One e League Two) http://rapidshare.com/files/104721911/BRAZUCAS_NA_LIGA_INGLESA__lista_.doc.html.
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OBS: Nesse final de semana serão jogadas as semi-finais da FA Cup, em Wembley. A partida entre Portsmouth e West Brom será transmitida pela ESPN Brasil. A torcida do Blog fica para W.B.A. e Barnsley. Com o palpite realista sendo Portsmouth e Barnsley. De qualquer forma, viva a magia da FA Cup!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Grand Slam Sunday!


GRAND SLAM SUNDAY
Tudo que rolou nos confrontos entre os 4 primeiros colocados da Premier League

No último domingo, 23, a Inglaterra parou para ver seus líderes se defrontarem pelas primeiras posições no campeonato nacional. Manchester United, o líder e atual campeão da EPL jogou em casa contra o Liverpool, quarto colocado, e o Chelsea, agora vice-líder, recebeu o Arsenal, em um dos maiores clássicos de Londres.

Manchester United x Liverpool
Data: 23/03/2008
Local: Old Trafford, Manchester
Árbitro: Steve Bennett


Manchester United (4-5-1): van der Sar; Brown, Ferdinand, Vidic e Evra; Scholes, Carrick Anderson (Tevez, 28’ do 2o tempo), Ronaldo e Giggs (Nani, 28’ do 2o tempo); Rooney
Manager: Sir Alex Ferguson

Liverpool (4-3-3): Reina; Arbeloa, Carragher, Skrtel e Fábio Aurélio; Mascherano, Alonso, Gerrard; Kuijt, Babel (Benayoun, 22’ do 2º tempo) e Torres (Riise, 37’ do 2º tempo).
Manager: Rafael Benítez

Jogando para manter a liderança, o Manchester começou dominando e só parava no goleiro espanhol Pepe Reina, que fez, apesar da falha no primeiro gol, ótima partida. A falha de Reina ocorreu aos 34’ do primeiro tempo quando Wesley Brown subiu, após cruzamento de Rooney, e contou com a confusão do espanhol para fazer o primeiro do United. Após o gol, uma cena bizarra. Furioso por Torres ter levado amarelo após levar falta, o argentino Javier Mascherano, que já tinha amarelo e parecia descontrolado, reclamou acintosamente com o árbitro Steve Bennett e foi expulso. Não aceitando a decisão do juiz inglês, Masch, que acabou de renovar com o Liverpool por quatro anos, se recusou a sair do campo e precisou ser acalmado pelo técnico Rafa Benítez e pelo brasileiro Fábio Aurélio.
Após a expulsão de um dos pilares do meio-campo dos Reds, o United só não ampliou antes, pois Pepe Reina estava mesmo em tarde inspirada e fechou o gol scouser. Mas nem isso impediu o United de, no fim do jogo, ampliar com gols de Cristiano Ronaldo e Nani (este, um golaço).

Melhor em campo: Wayne Rooney
Pior em Campo: Javier Mascherano


Chelsea x Arsenal
Data: 23/03/2008
Local: Stamford Bridge, Londres
Árbitro: Mark Clattenburg

Chelsea (4-3-3): Cudicini; Essien, Carvalho, Terry e Ashley Cole; Makelele (Anelka, 25’ do 2º tempo), Ballack (Belletti, 25’ do 2º tempo) e Lampard; Joe Cole (Mikel, 43’ do 2º tempo), Drogba e Kalou
Manager: Avraham Grant

Arsenal (4-4-2): Almunia; Sagna (Diaby, 27’ do 2º tempo), Touré, Gallas e Clichy; Fàbregas, Flamini (Bendtner, 43’ do 2º tempo), Eboué e Hleb; van Persie (Walcott, 31’ do 2º tempo) e Adebayor
Manager: Arsène Wenger

O clássico londrino, jogado na casa do Chelsea em Fulham Road, começou nervoso. Também pudera: os Blues e os Gunners entraram em campo com a pressão de vencer já que sabiam do resultado positivo dos Red Devils. Tendo o domínio de bola na maior parte do tempo e com muita paciência, o Arsenal começou melhor que seu rival azul. Mas após os 20 minutos, o estilo direto do Chelsea começou a dominar o jogo e Didier Drogba teve uma chance clara mas desperdiçou ao não conseguir matar a bola em frente ao goleiro Almunia. Após essa chance desperdiçada, os Blues contaram com a sorte para não sair atrás do marcador: William Gallas, ex-Chelsea, botou uma bola na trave. Kalou, o pior em campo, teve boa chance mas também desperdiçou, da marca do pênalti.

Após um primeiro tempo tenso e de má qualidade técnica, apesar das chances, Chelsea e Arsenal voltaram para a segunda etapa determinados a vencer. E, logo aos 14’ do segundo tempo, Bacary Sagna aproveitou cruzamento de Cesc Fàbregas para fazer o primeiro do Arsenal e deixar os Blues perto de perderem pela primeira vez em casa pela EPL por quatro anos. Os Leões londrinos perceberam que o tabu estava prestes a ser quebrado e passaram a dominar a partida. Avraham Grant, com uma pequena fama de más substituições entre os torcedores do Chelsea, dessa vez acertou: trouxe o time para o 4-4-2 ao tirar Ballack e Makelele e colocar Belletti e Anelka. Resultado: lançamento para a área (única opção de jogo dos Blues na partida), a bola sobra para Didier Drogba, rede. 1-1. Lançamento para a área novamente, Anelka escora e a bola sobra para o marfinense. 2-1. Chelsea vice-líder.



Melhor em campo: Didier Drogba
Pior em Campo: Salomon Kalou

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Outros resultados da 31a Rodada:


Tottenham 2x0 Portsmouth
Blackburn 3x1 Wigan
Bolton 0x0 Manchester City
Newcastle 2x0 Fulham
Reading 2x1 Birmingham City
Aston Villa 0x1 Sunderland
Middlesbrough 1x0 Derby County
Everton 1x1 West Ham

sexta-feira, 14 de março de 2008

Sorteio UCL

Quartas de Final

Arsenal v Liverpool*
Roma v Manchester United*
Schalke 04 v Barcelona*
Fenerbahçe v Chelsea*

Datas: 01/04 e 02/04 ; 08/04 e 09/04
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* decidem em casa

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Semi-finais

Arsenal v Liverpool X Fenerbahçe v Chelsea*

Schalke 04 v Barcelona X Roma v Manchester United*

Datas: 22/04 e 23/04; 29/04 e 30/04
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*decidem em casa



Mais a seguir

segunda-feira, 10 de março de 2008

A Magia da FA Cup




Quando se fala na Inglaterra sobre a FA Cup, o torneio de clubes mais antigo do mundo, as imagens que os locais constroem são as de confrontos épicos em que o mais fraco, não raro subestimado pelo time grande, luta muito e ganha, causando o que se chama de ‘’Cup upset’’, a famosa zebra. Essa possibilidade ganha proporções maiores, pois há times de toda a ilha disputando o torneio, incluindo equipes das divisões inferiores e até amadores. Na atual temporada, 731 times disputaram a FA Cup.

O mito da magia do torneio aparece justamente quando há confrontos comparáveis à história de Davi x Golias, e os ‘Davis’ do futebol inglês saem vitoriosos. O que torna esse tipo de jogo ainda mais especial é a chance que jogadores medianos têm de aparecer para o grande público, jogar contra craques mundiais em estádios lendários. Eles fazem desses confrontos verdadeiros eventos e normalmente comemoram muito quando são sorteados contra times grandes.

É nesse contexto que se insere a edição 2007/08 da FA Cup. Nos últimos anos a Copa foi dominada por times da Premier League que não davam chances para os menores chegarem. Desde 1980, quando o West Ham venceu o Arsenal, um time de Segunda Divisão não leva a FA Cup. Recentemente, apenas clubes da EPL vêm se classificando para a final, que voltou a ser disputada em Wembley ano passado. No entanto, esse ano o mito da magia voltou com toda a força. Isso porque, após as quartas-de-final, jogadas no último fim de semana, três dos quatro clubes semifinalistas são da Segunda Divisão. O Barnsley, comandado por Simon Davey, se tornou oficialmente o Giant-Killer dessa edição ao eliminar Liverpool e Chelsea em seqüência e garantir um lugar entre os 4 semifinalistas.

Oriundo da Championship (segunda divisão), o time de Barnsley é sinônimo de modéstia. Tem apenas um título em sua história: a FA Cup de 1912 e foi fundado em 1887, nunca tendo passado uma temporada na Primeira Divisão. No atual elenco dos Tykes, há dois brasileiros: Dennis Souza, que se destacou no jogo contra o Chelsea, e Anderson da Silva, ex-Everton.

O Barnsley enfrentará o Cardiff City, time que está inserido no sistema inglês de futebol mas é galês. Jogando também na segunda divisão, os Bluebirds são um pouco mais tradicionais que seus rivais vermelhos: já ganharam a FA Cup, em 1927 (o único time não-inglês a ganhar um dos três grandes torneios ingleses) e já foram semifinalistas da Recopa Européia. Os comandados de Dave Jones querem fazer história não só na FA Cup: o clube pretende subir para a EPL e ser o primeiro time não-inglês a ser promovido para a nova Primeira Divisão. No entanto, os galeses deverão ter que esperar mais uma temporada já que atualmente eles se encontram apenas em 14º na Championship, há 11 pontos da zona de classificação para os play-offs.

Na outra semifinal, o (agora) favorito Portsmouth enfrenta o West Brom. O Pompey, dirigido por Harry Redknapp, vem formando um bom time e sai na frente na disputa para vencer a FA Cup. O time de Portsmouth foi bicampeão inglês, em 1949 e 1950. Além disso, eles buscam o bicampeonato da FA Cup, com seu primeiro triunfo tendo sido em 1939.

Já o West Brom, também conhecido como W.B.A. (West Bromwich Albion) é o time mais tradicional em FA Cups dos remanescentes dessa edição: conquistou-a cinco vezes. Em busca do sexto triunfo em Copas da Inglaterra, os Baggies contam com a sorte: o Portsmouth é o único time da Premier League entre os 4 semifinalistas e tem vários jogadores de seleção.

De qualquer forma, o fato de que, necessariamente, um time de fora da Primeira Divisão (EPL) chegará à final pode ser sinal dos novos tempos da FA Cup. Tempos mágicos.


Curiosidades:

. Os dois jogos de semifinais serão jogados em Wembley. Uma recompensa polpuda para W.B.A., Barnsley e Cardiff que terão a chance de pisar na Casa do Futebol.

. O técnico do Barnsley, Simon Davey, é de Swansea, região galesa que abriga o Swansea City, o maior rival do Cardiff. Davey já declarou que espera um suporte extra da sua terra natal.

. O Portsmouth vem fazendo bela campanha na EPL, lutando por classificação européia. Ao derrotar o Man Utd e ver o Barnsley vencer o Chelsea, o rótulo de favorito caiu no colo de Redknapp e companhia. Eles poderão adquirir uma vaga na Copa da UEFA via FA Cup.

. O atacante nigeriano Kayode Odejayi, que fez o gol da vitória do Barnsley sobre o Chelsea trocou de camisa com John Terry, e ainda descolou um autógrafo com o capitão do Chelsea. Odejayi pretende emoldurar a camisa autografada e colocar em um ''lugar especial'' na sua casa.


domingo, 9 de março de 2008

Abertura

Venho pensando em conseguir um espaço na internet para organizar textos e me incentivar a escrever sobre uma das minhas maiores paixões: o futebol. Espero que esse blog entre na minha vida como o futebol entrou: de supetão e só trazendo coisas boas, positivas. Nunca deixei que o futebol tivesse um efeito negativo ao meu redor e creio que ele tenha que ser encarado sempre como algo positivo, uma distração, um hobby, uma paixão. Quero que esse espaço seja um ninho de discussões saudáveis e exaustivas sobre o esporte bretão. Principalmente porque pretendo focar as discussões no futebol praticado no seu próprio local de nascimento.

O futebol inglês cresce de forma assustadora e vem, nos últimos anos, se tornando alvo de interesse mundial. Aqui no Brasil, o interesse cresce em concordância com o número de brasileiros que se aventuram pelo Reino Unido. E espero que esse diário siga esse crescimento.