O ganês Michael Essien, volante do Chelsea, ficará de fora dos gramados por até 6 meses, tendo se lesionado nas Eliminatórias para a Copa Africana de Nações. Essien é o coração do meio-campo do Chelsea. A partir de agora, discutiremos o tamanho da perda dos Blues e as alternativas para o time de Felipão.
Por quê Essien é importante?
Por ser um jogador que tem na marcação sua principal virtude, Essien é sempre escalado como volante. Mas seu ímpeto ofensivo o qualifica para ser escalado até como meia e/ou lateral-direito. E justamente essa ofensividade que é um dos maiores trunfos do Chelsea com o ganês em campo. Jogando de segundo volante, ele compõe como defensor quando o time está sem a bola e aparece como ótima opção ofensiva quando a equipe está com a posse. Felipão começou a temporada escalando Mikey de primeiro volante, o que é um desperdício de suas qualidades ofensivas. Mas o técnico brasileiro já tinha percebido isso. Contra o Tottenham, Essien jogou de segundo volante e, mais uma vez, foi parte importante do ótimo primeiro tempo do Chelsea.
Como Felipão deve escalar o meio-campo sem ele?
As opções são escassas. No mercado de verão, o Chelsea liberou gente até demais. Algumas vendas foram pontuais (como a saída de Ben Haim, Sidwell e o empréstimo de Pizarro). Mas liberar SWP para o Man City foi, na opinião desse blogueiro, um erro de julgamento. Isso porque, sem o ponteiro inglês, as opções para a volta do 4-3-3 ficam limitadas a Malouda, Kalou e Joe Cole (que vem se destacando de segundo atacante). No entanto, o antigo esquema parece ser o caminho natural sem Essien. O jovem John Obi Mikel será importantíssimo: ele terá que segurar as pontas na posição de volante. Deco e Lampard deverão ser os outros vértices do triângulo. Como já é tradição no Chelsea, os wingers voltarão para compor o meio-campo, fazendo um 4-5-1 sem a bola. A volta de Didier Drogba também é fundamental: Anelka não parece estar à altura do desafio de ser o principal atacante do Chelsea. No 4-3-3 a equipe fardaria dessa forma: Cech; Bosingwa, Terry, Carvalho e Ashley Cole; Mikel, Deco e Lampard; Malouda (Kalou), Anelka (Drogba) e Joe Cole.
Outra situação pode surgir se Michael Ballack conseguir reproduzir a forma da última temporada: a manutenção do 4-4-2, com 3 meias. A equipe iniciou a temporada assim e o resultado foi o melhor possível: goleada desmoralizante de 4-0 no Portsmouth. Mas contra o Wigan, o esquema falhou e a vitória veio à duras penas, graças à Deco. Dessa forma o time ficaria assim: Cech; Bosingwa, Terry, Carvalho e Ashley Cole; Mikel, Deco, Lampard e Ballack; Joe Cole e Anelka (Drogba).
Sem Essien, quem será o trunfo do Chelsea?
Uma resposta natural mas, ao mesmo tempo, surpreendente: Joe Cole. Com o belo início de temporada, Joey Cole conseguiu, mais uma vez, se reinventar e agradar a mais um grande técnico. Ameaçado quando Mourinho chegou em Stamford Bridge, o ex-capitão do West Ham aprendeu a ser winger e garantiu sua vaga com o português. Agora com Felipão, Coley aprendeu a fardar de segundo atacante e tem ido brilhantemente bem. As boas atuações com o English Team também devem deixar a confiança do atacante lá em cima, e sua polivalência pode ser o novo trunfo do Chelsea na temporada.
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