quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Nasce uma estrela


NASCE UMA ESTRELA

A lendária atuação do jovem Theo Walcott no jogo de ontem não deixa dúvidas: o garoto será craque.

Quando foi jogado para as luzes do estrelato com uma surpreendente convocação para a Copa do Mundo de 2006, Theo James Walcott possivelmente nem sabia o que significa para um inglês representar sua seleção. O English Team é mais que uma equipe; é uma entidade, um patrimônio nacional. Os ingleses são fanáticos. Seguem sua seleção pelos quatro cantos do mundo. Ontem não foi diferente.

Apoiado por milhares de fanáticos, Walcott teve uma das melhores atuações individuais de um jogador com a Inglaterra. Muitos compararam o jogo de ontem ao 5-1 contra a Alemanha, em 2001, quando Michael Owen também marcou três gols, completando um hat-trick.

A atuação de ontem é algo surpreendente. Desde sua chegada ao Arsenal e sua convocação para a Copa do Mundo de 2006, sua carreira estacionou por um bom tempo. Walcott demorou a evoluir, sempre à sombra de outros grandes jogadores no Arsenal. Mas desde que Wenger lhe deu a camisa 14, de um dos maiores jogadores da história do Arsenal (Thierry Henry), o jovem inglês parece ter recomeçado sua carreira. Desde a pré-temporada, vem muito bem, jogando à vontade pelos flancos dos Gunners. Apesar de torcedor declarado do Liverpool, Walcott esnobou Chelsea, Tottenham, Man Utd e, alegadamente, Real Madrid, Juventus, Milan e Barcelona para seguir seu sonho de jogar com Henry no Arsenal. O sonho durou apenas por alguns treinos, já que o garoto, à época com 15 anos, não figurou nenhuma vez em 2005-06 pela equipe principal dos Gunners.

Mesmo assim, Sven-Göran Eriksson surpreendeu toda a Ilha ao chamar Walcott para a Copa do Mundo. Nos amistosos preparatórios, Walcott jogou sua primeira partida pela Inglaterra, aos 16 anos. Mas não ganhou nenhum minuto durante a campanha inglesa na Alemanha.

Em 2006-07 e 2007-08, Theo estacionou sua carreira. Entrava esporadicamente e não era mais o jogador insinuante dos tempos de Southampton. Somente no fim de 2007-08 que ele deu sinais de vida novamente, tendo sido o principal jogador do Arsenal no confronto de quartas-de-final contra o Liverpool. Os gunners foram eliminados, em Anfield, mas Walcott fez uma jogada mágica, dando um passe magistral para um golaço de Adebayor.

E ele seguiu sua ótima forma para a atual temporada e parece ter ganho a confiança de Fabio Capello, já que ele iniciou os dois jogos da atual campanha inglesa nas Eliminatórias para a Copa de 2010. Contra Andorra, Walcott foi apenas discreto. Já no confronto com a temida Croácia, o jovem gunner entrou para a história, ao ajudar a Inglaterra a exorcizar os fantasmas croatas e a derrotar a equipe de Slaven Bilic pela primeira vez em casa.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Essien fora por 6 meses: E agora?




O ganês Michael Essien, volante do Chelsea, ficará de fora dos gramados por até 6 meses, tendo se lesionado nas Eliminatórias para a Copa Africana de Nações. Essien é o coração do meio-campo do Chelsea. A partir de agora, discutiremos o tamanho da perda dos Blues e as alternativas para o time de Felipão.

Por quê Essien é importante?

Por ser um jogador que tem na marcação sua principal virtude, Essien é sempre escalado como volante. Mas seu ímpeto ofensivo o qualifica para ser escalado até como meia e/ou lateral-direito. E justamente essa ofensividade que é um dos maiores trunfos do Chelsea com o ganês em campo. Jogando de segundo volante, ele compõe como defensor quando o time está sem a bola e aparece como ótima opção ofensiva quando a equipe está com a posse. Felipão começou a temporada escalando Mikey de primeiro volante, o que é um desperdício de suas qualidades ofensivas. Mas o técnico brasileiro já tinha percebido isso. Contra o Tottenham, Essien jogou de segundo volante e, mais uma vez, foi parte importante do ótimo primeiro tempo do Chelsea.

Como Felipão deve escalar o meio-campo sem ele?

As opções são escassas. No mercado de verão, o Chelsea liberou gente até demais. Algumas vendas foram pontuais (como a saída de Ben Haim, Sidwell e o empréstimo de Pizarro). Mas liberar SWP para o Man City foi, na opinião desse blogueiro, um erro de julgamento. Isso porque, sem o ponteiro inglês, as opções para a volta do 4-3-3 ficam limitadas a Malouda, Kalou e Joe Cole (que vem se destacando de segundo atacante). No entanto, o antigo esquema parece ser o caminho natural sem Essien. O jovem John Obi Mikel será importantíssimo: ele terá que segurar as pontas na posição de volante. Deco e Lampard deverão ser os outros vértices do triângulo. Como já é tradição no Chelsea, os wingers voltarão para compor o meio-campo, fazendo um 4-5-1 sem a bola. A volta de Didier Drogba também é fundamental: Anelka não parece estar à altura do desafio de ser o principal atacante do Chelsea. No 4-3-3 a equipe fardaria dessa forma: Cech; Bosingwa, Terry, Carvalho e Ashley Cole; Mikel, Deco e Lampard; Malouda (Kalou), Anelka (Drogba) e Joe Cole.

Outra situação pode surgir se Michael Ballack conseguir reproduzir a forma da última temporada: a manutenção do 4-4-2, com 3 meias. A equipe iniciou a temporada assim e o resultado foi o melhor possível: goleada desmoralizante de 4-0 no Portsmouth. Mas contra o Wigan, o esquema falhou e a vitória veio à duras penas, graças à Deco. Dessa forma o time ficaria assim: Cech; Bosingwa, Terry, Carvalho e Ashley Cole; Mikel, Deco, Lampard e Ballack; Joe Cole e Anelka (Drogba).

Sem Essien, quem será o trunfo do Chelsea?

Uma resposta natural mas, ao mesmo tempo, surpreendente: Joe Cole. Com o belo início de temporada, Joey Cole conseguiu, mais uma vez, se reinventar e agradar a mais um grande técnico. Ameaçado quando Mourinho chegou em Stamford Bridge, o ex-capitão do West Ham aprendeu a ser winger e garantiu sua vaga com o português. Agora com Felipão, Coley aprendeu a fardar de segundo atacante e tem ido brilhantemente bem. As boas atuações com o English Team também devem deixar a confiança do atacante lá em cima, e sua polivalência pode ser o novo trunfo do Chelsea na temporada.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Robinho finalmente é vendido, mas para o Man City



Robinho finalmente é vendido, mas para o Man City
Robinho foi dormir pensando no Chelsea e acordou no Man. City



Depois de muitas especulações entre Chelsea e Robinho, quem levou o brasileiro foi o Man. City, que acabou de ser comprado pelo Abu Dhabi United, um grupo de investidores árabes.


Colocando todas as besteiras que Robinho fez nessas últimas semanas de lado, o Manchester City oferece um ambiente propício para o recomeço da carreira do brasileiro. É um time em ascensão e não só por conta do grupo árabe que o adquiriu ontem. Esse projeto de levar os Sky Blues ao topo do futebol europeu vem do tailandês Thaksin Shinawatra, ex-dono do clube e atual presidente de honra. E por isso, o time do City é recheado de ótimas peças, que, contando com reforços pontuais, pode levar a equipe a uma UCL nos próximos anos.


A equipe tem jovens valores vindos da base (Richards, Johnson, Onuoha, Ireland, Sturridge), jovens jogadores que vem sendo contratatados (Zabaleta, Jô, Kompany) e excelentes peças experientes (Hamman, Dunne, Petrov). Além de Shaun Wright-Phillips, Elano e agora Robinho. Atualmente, no entanto, o City deve se contentar em fazer uma boa campanha na Copa da UEFA e na EPL. E tentar algo a mais nas Copas nacionais. Jogando a sério, surge um dos favoritos a levar a Carling Cup, torneio que serve para a maioria das equipes testarem jovens jogadores.

Esse panorama pode mudar, claro, no mercado de janeiro. Se em um dia para contratar jogadores, os novos donos trouxeram Robinho, quebrando o recorde de transferências britânico (o Real Madrid recebeu cerca de £32,5m pelo brasileiro), imaginem o que poderão fazer com um mês para transferências.


Últimas notícias:


Kevin Keegan e Alan Curbshley se demitiram desgostosos com a política de contratações de, respectivamente, Newcastle United e West Ham.